Monday, June 06, 2011
Sou puta e cobro 500
Comecei
porque meu pai é advogado aposentado e minha mãe é falecida.
Eu sempre quis ser médica e a faculdade é muito
cara e eu não tenho como pagar. Aí pensei: vou virar prostituta.
Procurei na internet, descobri o Romanza (casa noturna de
São Paulo onde se concentram cerca de 250 garotas de programa
por noite) e fui pra lá. Comecei a fazer stripper também.
Aprendi tudo lá. Não foi muito assustador porque a casa
parece uma balada. Perdi a virgindade com 14 anos mas não
sei com quantos caras transei antes de vir para a noite.
Eu moro sozinha e meu pai não sabe. Faz dois meses que ele
mudou pra Alagoas.
Tenho uma irmã mais velha, ela tem 35
anos. Começamos a fazer terapia familiar e em uma sessão
acabei contando a verdade pra ela. Foi um alívio, eu precisava
contar pra alguém. Ela conversou muito comigo, me deu conselhos.
Meu pai pensa que eu trabalho com eventos. Eu gosto do dinheiro.
Poucas vezes senti prazer. Vou começar minha faculdade agora,
a mensalidade é de R$ 3.000 (medicina veterinária). Comprei
um carro. O ruim da profissão é não ter vida social direito,
não ver a luz do sol e mentir para as pessoas que mais amo.
Vou dormir geralmente umas 7h da manhã e acordo às 16h.
Vou pra academia e venho trabalhar.
Agora com a faculdade,
que é integral, vou trabalhar mais atendendo pelo telefone
e também por site. Gasto uns R$ 2.000 com beleza por mês.
Antes eu era instrutora de uma escola de informática e ganhava
R$ 350 mensais. Cobro no mínimo R$ 500 o programa e tiro
uma média de R$ 6.000 por mês. Eu não gosto de "boy", gosto
de cliente mais velho, de 50 pra cima. Chego na noite, dou
um "close" e já vejo os que têm essa idade.
Com eles é mais
rápido, às vezes nem rola sexo. Eu nunca tinha beijado mulher,
beijei aqui, mas percebi que não tenho dom nenhum pra ser
lésbica. Meu primeiro dia na noite foi numa suruba. Já tive
cliente famoso, a maioria jogador de futebol. Tenho um namoradinho,
cliente meu. Ele é casado, quando está em crise me procura,
me dá dinheiro. Mas eu sinto falta dele."
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