Sábados e quartas são dias de sexo para a estudante de publicidade Juliana Ito, 24 anos, e o estudante de relações públicas Saimon Bessa, 26. Nos outros cinco dias da semana, o casal de namorados de Belo Horizonte, junto há dois anos, quase nem se encontra. Tem sido assim desde fevereiro, quando os dois terminaram por duas semanas, motivados pela falta de desejo dela e as conseqüentes (e freqüentes) cobranças dele. “Nos separamos por causa dessa diferença de ritmo.
Voltamos com a condição de nos vermos só de três em três dias”, conta Juliana. “Esse é o máximo que dá para agüentar sem sexo!”, completa Saimon, dando risada. Mas o relacionamento então passou a ser vivido apenas na cama?! Eles garantem que não. Sábados e quartas também são de muita conversa, programas a dois, romance. “Antes ficávamos o tempo todo grudados.
A rotina e a falta de surpresa estavam minando o meu tesão. Agora sentimos saudade um do outro e estamos de novo apaixonados, como no começo do namoro”, comemora Juliana. E Saimon também está mais feliz? “Sim, muito!”, responde ele. “A gente se encontra menos, mas por outro lado tem uma vida sexual bem mais ativa.”
Sexólogo e ginecologista com 24 anos de atendimento em consultório, o mineiro Gérson Lopes está acostumado a ouvir relatos semelhantes. “Hoje os casais jovens possuem tanta liberdade que acabam levando uma vida de casados mesmo durante o namoro”, explica ele. “Ficam, assim, mais suscetíveis a dois fatores que colaboram para esfriar o relacionamento sexual: monotonia e hostilidade.”
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